No dia 5 de outubro passado a classe política e a opinião pública foram surpreendidas com a filiação da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), imediatamente após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o registro à legenda Rede Sustentabilidade, criada pela ex-senadora e seus seguidores.
Cortejada por vários partidos para disputar a presidência da República, Marina Silva foi para uma sigla com um pré-candidato a presidente. Até hoje muita gente não entendeu por que a defensora intransigente da sustentabilidade foi para o PSB.
A ida de Marina para o PSB é coerente com a sua trajetória de defensora do desenvolvimento sustentável, haja vista, que na campanha eleitoral de
Com a vitória do ex-prefeito de Macapá, João Capiberibe (PSB), o projeto político denominado Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá – PDSA se tornou realidade.
Nascia pelas mãos de um socialista um novo pensamento político que conduziu com sucesso os destinos do Amapá por dois mandatos, sendo abandonado pelo governo que se seguiu.
O PDSA, como ficou conhecido, tinha como objetivo central a implantação de uma nova proposta política como destacava em sua apresentação: “A decisão política sobre o tipo de desenvolvimento que a sociedade brasileira quer para a Amazônia precisa ser tomada. O modelo de hoje é resultado de um somatório desconectado de iniciativas resultantes da transferência de conflitos sociais de outras regiões do país; da busca de resultados econômicos de curtíssimo prazo; da desvalorização das potencialidades naturais; da omissão na aplicação de tecnologias adequadas.
Mais do que apontar para o que não queremos, o momento é oportuno para delinear um modelo propositivo, integrado, coerente e afinado com o que a Amazônia apresenta de mais valioso: seu potencial de riquezas naturais, sua inserção estratégica no cenário internacional, a diversidade biológica de seus ecossistemas e a peculiar identidade cultural de sua sociedade. Somar a sabedoria local com os avanços científicos disponíveis para encontrar um caminho próprio para a região é o desafio que queremos escolher para trilhar nas próximas décadas”.
A implantação do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), em 1995, proporcionou o desenvolvimento de atividades econômicas associadas à preservação ambiental, como mostram os vídeos:
1º – Capiberibe eleito cumpre a promessa: http://vimeo.com/77417184
2º – Globo Ecologia mostra que o desenvolvimento sustentável começou no Amapá: http://www.youtube.com/watch?v=SwEYJsQsZEA
3º – Após o incêndio, Natura dá continuidade ao trabalho de Capiberibe: http://www.youtube.com/watch?v=NcDt4K8fQVs
4º – Entrevista com o senador Capiberibe sobre sustentabilidade:
http://www.senado.gov.br/noticias/tv/videos/cod_midia_173947.flv
Com a marca da transparência pública, o PDSA tem como base a equidade social e a transformação da biodiversidade em bens e serviços capazes de gerar emprego e renda.
O desenvolvimento sustentável iniciado por Capiberibe, além de ter o reconhecimento nacional e internacional é a marca principal do discurso de Marina Silva. Em 30 de maio de 1999, por decisão em ata da Executiva Nacional do PSB, o PDSA se transformou em uma bandeira do partido para o Brasil (confira trecho da ata).
O PDSA é referência na discussão global a respeito do desenvolvimento sustentável. São inúmeras as monografias de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado em diversas academias do Brasil e do Mundo que se dedicam até os dias de hoje em estudar o programa.
Mais do que um conceito ecológico, o PDSA é uma proposta política e uma estratégia econômica, que pode revolucionar o país a partir de 2015.